Adágios, provérbios, máximas, ditames, ditados, ditos, sentenças, parábolas, entre tantos outros nomes que traduzem a singularidade filosófica contidas em – Sankofa –
a expressão de um cosmo de imagens e imaginários ancestrais presentes na gestualidade e oralidade africana.
Os provérbios, utilizados historicamente em todas as sociedades, são expressões, ricas em contexto poético e enigmático. De forma geral, abrem ou encerram histórias, são feitos para educar, agradar alguém, decidir inúmeras situações, produzir imagens, criar um imaginário.
Olhar para as Áfricas pela noção de comunicação poética é atentar para a circularidade, não somente um percurso em busca dos elementos fundamentais de sua linguagem (provérbios, escrita ideográfica, oralidade), mas um ato de relacionar o conhecimento da comunicação com os saberes tradicionais africanos e, ainda, estabelecer na contemporaneidade um paralelo entre as noções verdadeiramente científicas que se constroem a partir de uma sabedoria ancestral enraizada e que se mantém fortemente no cotidiano de suas comunidades.
Os Provérbios não trazem consigo uma assinatura. Eles são criados e transmitidos através de gerações e isso contribuí para seu contínuo ressurgimento, pois os coloca num lugar de construção coletiva.
Neste adágio compartilhamos um prio de luz da gigantesca circulação aberta do povo Fulani – etnia Peúles – idioma Peul (peul : povo em Wolof) residente na região Sahelo-saariana – África Ocidental.